DWIGHT HOWARD DÁ ADEUS AO LAKERS E ACERTA COM O HOUSTON

É de conhecimento de todos, mas se você não sabe, eu conto: Dwight Howard, considerado o melhor pivô desta geração, disse adeus ao Lakers. Seu destino será o Texas; Houston.

Foi uma derrota e tanto para o time de Los Angeles. Havia cartazes pela cidade pedindo a permanência dele no time. Do lado de fora do Staples Center, um enorme cartaz onde se lia: “Stay D12”.

Mas D12 não ficou.

Ele avisou na noite desta sexta-feira que seu ciclo na franquia acabou-se. Durou uma temporada.

O que se pode depreender disso? Algumas poucas coisas — se é que é possível dizer isso sem agredir o português, mas, de fato, não estou preocupado com isso.

Foi humilhante o que a franquia, a maior da NBA, fez. Rastejou-se por um jogador que está longe de ser até um Shaquille O’Neal, o mais fraco dos grandes pivôs da história do Lakers. O time angelino é muito maior do que D12.

Quando as negociações começaram, Mitch Kupchak, gerente geral da franquia, deveria ter dito: “Caboclo, seguinte: nós somos o único time a oferecer o máximo por um contrato. E nós estamos disposto a isso. É pegar ou largar”.

Mas não; Jim Buss, Mitch e o escambau ficaram implorando para Dwight renovar. E o pivô — considerado por muitos overrated, inclusive por mim — sempre a fazer um doce danado.

Se é comigo, meu cumpadi, eu já ia logo dizendo: não está afim? Então desocupa a moita. Somos grandes demais pra sua mediocridade.

Mas não; como disse, o Lakers rastejou-se por Howard. Rastejou-se vergonhosamente.

Outro ponto a se considerar: Kobe Bryant. Ele é um cara bacana demais — provou isso na sua vinda ao Brasil —, mas tem o ego inflado demais. Não só ele; Michael Jordan também tinha. As estrelas de grande magnitude são assim mesmo.

E Dwight, embora não seja uma estrela com o mesmo brilho de Kobe, tem o ego inflado demais. Por isso, não houve química entre eles.

Segundo as fofocas, quebraram o pau no vestiário. Fizeram as pazes; mas a ferida jamais se cicatrizou. Por isso ele disse adeus; dividir o vestiário com Kobe não era para D12.

Portanto, ao se reconstruir, se é que o Lakers vai se reconstruir, que a franquia procure alguém com o mesmo perfil de Pau Gasol para jogar ao lado de Kobe. O cara tem que ser um tremendo jogador, mas não pode ter o perfil do franchise player. Tem que ser low profile, como Gasol, como era Scottie Pippen.

O melhor para o Lakers é agora aguardar. É entender que a próxima temporada será de vacas razoavelmente gordinhas, nem magras e nem gordas. Deve fazer playoffs, mas ganhar a conferência é difícil.

Kobe está se recuperando de uma séria contusão no tendão de Aquiles. Ninguém sabe como ele voltará. E D12 não está mais em LA.

Gasol está desgastado na cidade e na franquia. E Steve Nash dá sinais de que a idade veio pra ficar.

Sabe, pensando bem, talvez fosse até melhor ficar de fora dos playoffs para garantir um lugar bom no draft. Quem sabe a primeira escolha e pegar Andrew Wiggins, um canadense que joga em Kansas e que os especialistas comparam com Scottie Pippen.

Enfim, tudo isso aconteceu nesta sexta-feira, que não será esquecida tão já pelos torcedores amarelinhos.

VERMELHINHOS
Aos 19 minutos deste sábado, Dwight Howard trocou a foto de seu Twitter e postou a seguinte mensagem: “I’ve decided to become a member of the Houston Rockets. I feel its the best place for me and I am excited”.

Ou seja: ele disse que decidiu se tornar jogador do Houston e que entende que lá é o melhor lugar para ele e que a decisão o deixa empolgado demais.

Dwight vai jogar num time que tem tradição de grandes pivôs. Moses Malone, Ralph Sampson, Hakeem Olajuwon e recentemente Yao Ming.

Vai dar sequência a esta dinastia? No Lakers ele não conseguiu. Lakers que já teve George Mikan, Wilt Chamberlain, Kareem Abdul-Jabbar e Shaquille O’Neal.

D12 vai jogar ao lado de James Harden e de Chandler Parsons, um achado do Rockets no draft de 2011. Parsons, produto de Florida, foi recrutado na segunda rodada. Foi o 38º escolhido. Como disse, um achado.

E o Houston tem ainda Jeremy Lin, não se esqueçam, que apagou-se um pouco no Texas, mas que pode crescer com Dwight no time.

Rockets que tem Kevin McHale como treinador. Um cara excepcional como jogador e treinador.

Enfim, o Oeste ficou mais interessante ainda.

Inteiro, o Oklahoma City segue sendo o melhor time, seguido do San Antonio. O Houston vem a seguir, com o Memphis na cola. E tem o Denver, agora com Bryan Shaw dirigindo a equipe. Isso sem falar no Golden State, que acabou de acertar com André Iguodala.

O Lakers? Bem, o Lakers está lá no meio da tabela.

Que sexta-feira!

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